18 junho 2017

O FATO DE SERMOS UM SÓ CORPO EM CRISTO, INCLUI OS SANTOS MORTOS E A SUA INTERCESSÃO PELOS VIVOS? (II PARTE DA RESPOSTA A MATEUS SANTOS)

Nesta segunda parte da resposta ao jovem Mateus, na questão da intercessão dos santos, vamos dissecar o sofisma romanista de que sendo a Igreja um só corpo (Rm 12.5; 1 Co 12.27; Cl 1.18,24) isso inclui os santos mortos. Mateus começa seu 3º artigo sobre o tema citando a passagem em que Paulo teve uma visão de um anjo rogando-lhe que se dirigisse à Macedônia (At 16.9,10). Começamos afirmando que essa referência é totalmente descabida ao assunto em questão. O texto diz assim:
"Durante a noite, Paulo teve uma visão: na sua frente estava de pé um macedônio que lhe suplicava: 'venha à Macedônia e ajude-nos! Depois dessa visão, procuramos partir para a Macedônia, pois estávamos convencidos de que Deus acabava de nos chamar para anunciar aí a Boa Notícia" (Edição Pastoral da Igreja Católica).
Aí podemos ver claramente que se trata de uma visão, algo simbólico que encerra uma revelação antecipada da realidade. Algo semelhante ocorreu com Pedro em Cesareia (At 10.9-16). Enxergar na passagem supracitada um caso de intercessão - e Mateus assevera que nela está indicado que Paulo não precisou ser onisciente nem onipresente - é mais que descontextualizar o texto, é aplicar-lhe um sentido completamente desconexo.
  1. Não é Paulo que está suplicando algo ou dirigindo-se em oração a algum santo;
  2. Não se trata de algum crente em particular a orar, mas muito provavelmente o personagem representa o oração coletiva da igreja na Macedônia;
  3. Paulo ainda não tinha estado lá;
  4. Trata-se tão somente da direção de Deus para o anúncio do Evangelho na Europa.
Puxemos, então, a descarga do argumento fétido que utiliza a passagem acima!
Agora, com relação à Igreja como o corpo místico de Cristo:
  1. Nas 115 ocorrências do termo grego ekklesia no NT nenhuma se refere ou inclui os santos mortos;
  2. Dessas 115 vezes, só em três casos não se faz referência à igreja cristã (At 19.32,39,41/na ARC o termo usado é "ajuntamento");
  3. Nas outras 112, todas se referem a uma assembleia, a uma reunião ou ajuntamento de pessoas (esse é o significado de "igreja" no original);
  4. Os santos não estão mais na terra, então, não podem mais ser "igreja", pois não podem mais se reunir fisicamente com os santos vivos.
Outrossim, todo aquele esforço de apresentar passagens nas quais a igreja é tida como um só corpo, no qual não haveria distinção entre céu e terra, entre fiéis vivos e fiéis mortos, é balela! Não serve para justificar o politeísmo idólatra de Roma.
Contudo, ensinado erroneamente pelos seus professores da batina, Mateus faz uma última tentativa citando Apocalipse 8.4, o qual diz:
"Da mão do Anjo, subia até Deus a fumaça do incenso com as orações dos santos" (Edição Pastoral).
Estariam esses 'santos' intercedendo pela igreja na terra? A resposta é NÃO! Na verdade, aí Deus está atendendo uma petição feita pelos santos em favor deles mesmos. Na verdade, esses santos referidos são - admitido na nota de rodapé da própria edição católica da Bíblia citada acima - os mesmos mártires do capítulo 6, versículo 9,10 os quais serão mortos durante a Grande Tribulação. Eles não são intercessores de nenhum vivo, a não ser deles mesmos porque estão no céu, na presença de Deus.
Aqui encerramos esta 2ª parte da resposta a Mateus Santos (politeísmo até no nome...) e na próxima refutaremos mais falsos argumentos. Até lá!      
   

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